Crédito foto: Ednelson Lorenzetti |
Aposentado: Administração Geral Serviço Público Estadual - Saúde; Pedagogo – especialista em educação; Teólogo – com formação em teogonias e teologia psicanalítica; Memorialista – Programa de Educação Continuada em História
Junko Sato Prado:
Aposentada: Cirurgiã-dentista; Magistério; pesquisadora da história regional entre os rios Tietê e Paranapanema, a partir da Serra Botucatu às barrancas do Rio Paraná.
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Ambos são autores, em parceria, dos estudos historiográficos e outros títulos, com endereçamentos eletrônicos conforme a seguir:I - TÍTULOS HISTORIOGRÁFICOS - BLOGUES
- acessos gratuitos -
1. 'Razias - (...)' - 2005
Nenhum historiador atual contesta presença do homem branco no Planalto Piratininga, por volta de 1532, pela 'Estrada Peabiru', quando "Martim Afonso de Souza (...) perlongava o litoral e fazia as primeiras penetrações no interior" (Gomes, 1972: 21), através dos colonos de São Vicente que alcançaram e firmaram as fundações de Santo André da Borda do Campo e Piratininga [São Paulo].
O jesuíta Luiz Gonzaga Cabral, ao mencionar Aleixo Garcia [século XVI], confirma estradas terrestres e fluviais para interiorizações, que os padres "abriram as estradas de Santos a São Paulo e mais outras para o interior, especialmente uma por Botucatu até o aldeamento do Paranapanema com comunicação fluvial para Mato Grosso." (Apud Donato, 1985: 35), situação entre 1608 a 1628, a tratar-se sabidamente de aproveitamentos da senda Peabiru.
Os jesuítas espanhóis, responsáveis pelos aldeamentos indígenas às margens do Paranapanema e tributários, entre 1608 e 1628, sabiam da velha estrada: "Durante o período da catequese heroica, os religiosos, quase sempre os jesuítas, serviram-se da velha e segura orientação que era o Peabiru para saírem ao sertão" (Donato, 1985: 35), depois o atalho desde a Serra Botucatu a Paranan-Itu – conhecido por 'Salto das Canoas' (Aloísio de Almeida, 1959: 168), ou 'Quebra Canoas' pelos conquistadores mineiros, onde uma estalagem.
Referido atalho foi largamente utilizado por entradistas, bandeirantes, faiscadores, contrabandistas de ouro e buscadores de outras riquezas, além dos caçadores de índios para escravização, conforme atestam relatos oficiais entre 1719/1779.
Abaixo do Paranan-Itu, o Rio Paranapanema era navegável até sua foz no Paraná, além dos feixes de caminhos fluviais e terrenhos que conduziam às proximidades da barra do Iguaçu, em qual lugar o baixio permitia melhor acesso para o Paraguai, terra de passagem, rumo aos Andes.
O jesuíta Luiz Gonzaga Cabral, ao mencionar Aleixo Garcia [século XVI], confirma estradas terrestres e fluviais para interiorizações, que os padres "abriram as estradas de Santos a São Paulo e mais outras para o interior, especialmente uma por Botucatu até o aldeamento do Paranapanema com comunicação fluvial para Mato Grosso." (Apud Donato, 1985: 35), situação entre 1608 a 1628, a tratar-se sabidamente de aproveitamentos da senda Peabiru.
Os jesuítas espanhóis, responsáveis pelos aldeamentos indígenas às margens do Paranapanema e tributários, entre 1608 e 1628, sabiam da velha estrada: "Durante o período da catequese heroica, os religiosos, quase sempre os jesuítas, serviram-se da velha e segura orientação que era o Peabiru para saírem ao sertão" (Donato, 1985: 35), depois o atalho desde a Serra Botucatu a Paranan-Itu – conhecido por 'Salto das Canoas' (Aloísio de Almeida, 1959: 168), ou 'Quebra Canoas' pelos conquistadores mineiros, onde uma estalagem.
Referido atalho foi largamente utilizado por entradistas, bandeirantes, faiscadores, contrabandistas de ouro e buscadores de outras riquezas, além dos caçadores de índios para escravização, conforme atestam relatos oficiais entre 1719/1779.
Abaixo do Paranan-Itu, o Rio Paranapanema era navegável até sua foz no Paraná, além dos feixes de caminhos fluviais e terrenhos que conduziam às proximidades da barra do Iguaçu, em qual lugar o baixio permitia melhor acesso para o Paraguai, terra de passagem, rumo aos Andes.
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2. 'Santa Cruz do Rio Pardo: Memórias, documentos e referências', 2013
A história informada para Santa Cruz do Rio Pardo, em 1887 (Almanach da Provincia de São Paulo, 1887: 541/542), ignorava o tempo da chegada de Manoel Francisco Soares, porém tinha-o na lembrança como o pioneiro que, acercado de destemidos companheiros, muito combatera os indígenas ferozes que infestavam a região, e, na sede da fazenda onde residia, fincou a "cruz de madeira, que orgulhosamente se ostentava na beira do terreiro de sua habitação".
O pioneiro mandara, ainda, construir pequeno espaço religioso, coberto "com taquáras rachadas e sobre-postas umas ás outras (...). E desde então ficou a Santa Cruz como sendo a padroeira da povoação", visualizada a formação de uma freguesia em suas terras.
Igualmente lembrado pelo mesmo almanaque a presença do Padre João Domingos Figueira, aquele que concorrera para execução do plano adotado pelo sertanejo na formação do povoado, conseguindo dele a doação de terrenos para o Patrimônio da Santa Cruz e, de imediato, fazendo levantar um templo religioso e nele entronar a imagem de São Sebastião, doada pelo Soares, e "ahi Manoel Francisco, sua numerosa familia, e todos os já então habitantes deste sertão e dos terrenos do patrimônio, se reuniam (...)", e o lugarejo tornou-se Capela, em 1862, como povoação oficialmente reconhecida.
O histórico publicado em 1887 teve por objeto a história local, a partir de 1870, com a chegada do fazendeiro e capitalista Joaquim Manoel de Andrade, o principal agente transformador do capenga lugarejo em próspera comunidade: "Os ranchos desde então foram esquecidos e, podemos affirmar, Santa Cruz do Rio Pardo nasceu em 1872, sendo desde então rapido o seu progresso e admiravel os melhoramentos que tem recebido."
Segundo a narrativa, a Santa Cruz de 1872 deixava a condição de Capela para transformar-se em Freguesia, sinônimo de progresso, sob os auspícios de Joaquim Manoel de Andrade, o mais rico e influente nome no lugar, inclusive o responsável pela elevação santa-cruzense à condição de vila e, consequentemente município, em 1876, ao lado do deputado provincial coronel Emygdio José da Piedade.
O pioneiro mandara, ainda, construir pequeno espaço religioso, coberto "com taquáras rachadas e sobre-postas umas ás outras (...). E desde então ficou a Santa Cruz como sendo a padroeira da povoação", visualizada a formação de uma freguesia em suas terras.
Igualmente lembrado pelo mesmo almanaque a presença do Padre João Domingos Figueira, aquele que concorrera para execução do plano adotado pelo sertanejo na formação do povoado, conseguindo dele a doação de terrenos para o Patrimônio da Santa Cruz e, de imediato, fazendo levantar um templo religioso e nele entronar a imagem de São Sebastião, doada pelo Soares, e "ahi Manoel Francisco, sua numerosa familia, e todos os já então habitantes deste sertão e dos terrenos do patrimônio, se reuniam (...)", e o lugarejo tornou-se Capela, em 1862, como povoação oficialmente reconhecida.
O histórico publicado em 1887 teve por objeto a história local, a partir de 1870, com a chegada do fazendeiro e capitalista Joaquim Manoel de Andrade, o principal agente transformador do capenga lugarejo em próspera comunidade: "Os ranchos desde então foram esquecidos e, podemos affirmar, Santa Cruz do Rio Pardo nasceu em 1872, sendo desde então rapido o seu progresso e admiravel os melhoramentos que tem recebido."
Segundo a narrativa, a Santa Cruz de 1872 deixava a condição de Capela para transformar-se em Freguesia, sinônimo de progresso, sob os auspícios de Joaquim Manoel de Andrade, o mais rico e influente nome no lugar, inclusive o responsável pela elevação santa-cruzense à condição de vila e, consequentemente município, em 1876, ao lado do deputado provincial coronel Emygdio José da Piedade.
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3. Santa Cruz do Rio Pardo - A República dos Coronéis
'nos tempos dos coronéis e mandadores' - 2015
(...)
Na condição de Vila, em 1876, Santa Cruz obteve o direito em escolher seus representantes pelo voto, e a primeira eleição municipal transcorreu num clima de ameaças e violências, necessitando o governo provincial enviar tropa para garantir a segurança dos pleitos, e a volante terminou detida por ordem e ação do delegado de polícia local, em exercício. Iniciava-se o tempo dos coronéis e mandadores políticos que atingiu o auge com o coronel Antonio Evangelista da Silva - Tonico Lista [1906/1922], e somente viria se encerrar em 1930, quando o tenente-coronel Leônidas do Amaral Vieira era o chamado 'prestigioso chefe político'.
(...).
Na condição de Vila, em 1876, Santa Cruz obteve o direito em escolher seus representantes pelo voto, e a primeira eleição municipal transcorreu num clima de ameaças e violências, necessitando o governo provincial enviar tropa para garantir a segurança dos pleitos, e a volante terminou detida por ordem e ação do delegado de polícia local, em exercício. Iniciava-se o tempo dos coronéis e mandadores políticos que atingiu o auge com o coronel Antonio Evangelista da Silva - Tonico Lista [1906/1922], e somente viria se encerrar em 1930, quando o tenente-coronel Leônidas do Amaral Vieira era o chamado 'prestigioso chefe político'.
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4. "Maria Ferreira - a história esquecida", 2023
No ano de 1800 todo o sertão paulista, entre os rios Tietê e Paranapanema, desde a descida da Serra Botucatu às barrancas do Rio Paraná, era um imenso vazio de gente civilizada, apenas notado, oficialmente, o capenga Bairro Botucatu no município de Itapetininga, com sete fogos e quarenta e seis moradores.
Além desses 'botucatuenses censados', suspeitados uns e outros indivíduos interiorizados no sertão, com suas respectivas famílias, distantes do progresso, em regra os foragidos da justiça, perseguidos políticos, recusadores de recrutamentos e desertores de tropas imperiais. Quase nunca a 'captura' [polícia volante] alcançava algum deles, exceto por denúncias, descuidos ou entregas voluntárias.
Dentre os homiziados um deles identificado, o Francisco Ferreira dos Santos, foragido da justiça mineira por grave crime cometido em Ouro Fino, adentrando terras paulistas passando pelos lados de Araraquara, ainda lugar remoto, e Jaú, que sequer existia, seguindo adiante até encontrar local seguro, embrenhado mata adentro uma légua acima do despejo do Rio Itararé no Paranapanema, ocupando ambas as margens do primeiro, para fixar moradia inicial no atual lado paulista, onde atual Timburi, para depois mudar-se à borda esquerda, lugar paranaense. Seguiam-no a mulher Maria Prudencia de Oliveira, depois de viúva conhecida por "Maria Ferreira", e o filho Antonio, ainda de colo.
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Descrição documentada sobre uma mulher hanseniana considerada santa popular para Santa Cruz do Rio Pardo.
Rita Emboava, Sinhá ou Nhá Rita, também Ritinha, mulher agraciada no imaginário popular santacruzense, com absoluta segurança histórica viveu na localidade entre os anos de 1874 a 1931. Ela sofria o 'Mal de Hansen', manifesto pelo menos desde a última década do século dezenove, e todos que a conheceram sabiam disto.
Rita, por todos os documentos levantados nasceu em Santa Cruz da Boa Vista, atual distrito de Domélia, no município de Agudos - SP.
Não se sabe desde quando Rita residente em Santa Cruz do Rio Pardo, certamente depois de casada e após a viuvez, acolhida pelo médico italiano Samuel Genuta, o primeiro profissional na localidade, que estudava e tratava doentes de acometidos de 'hanseníase', enfermidade então denominado lepra, em sua chácara, lugar posteriormente denominado 'Domicílio dos Leprosos', nas imediações do Ribeirão de São Domingos – antes da Rua Saldanha Marinho.
Testemunhos de pessoas que conheceram Rita descrevem-na pessoa miúda, humilde e muito doente, que jamais reclamava de sua moléstia, sempre otimista e pronta para aconselhamentos, às muitas pessoas que iam procura-la por problemas aflitivos diversos, a troco de alimentos, roupas e artigos de limpeza.
Apesar da sua miserabilidade, 'Nhá Rita' sempre repartia seus ganhos com outros hansenianos acampados na Água dos Pires – lugar então retirado da cidade.
Rita Emboava, Sinhá ou Nhá Rita, também Ritinha, mulher agraciada no imaginário popular santacruzense, com absoluta segurança histórica viveu na localidade entre os anos de 1874 a 1931. Ela sofria o 'Mal de Hansen', manifesto pelo menos desde a última década do século dezenove, e todos que a conheceram sabiam disto.
Rita, por todos os documentos levantados nasceu em Santa Cruz da Boa Vista, atual distrito de Domélia, no município de Agudos - SP.
Não se sabe desde quando Rita residente em Santa Cruz do Rio Pardo, certamente depois de casada e após a viuvez, acolhida pelo médico italiano Samuel Genuta, o primeiro profissional na localidade, que estudava e tratava doentes de acometidos de 'hanseníase', enfermidade então denominado lepra, em sua chácara, lugar posteriormente denominado 'Domicílio dos Leprosos', nas imediações do Ribeirão de São Domingos – antes da Rua Saldanha Marinho.
Testemunhos de pessoas que conheceram Rita descrevem-na pessoa miúda, humilde e muito doente, que jamais reclamava de sua moléstia, sempre otimista e pronta para aconselhamentos, às muitas pessoas que iam procura-la por problemas aflitivos diversos, a troco de alimentos, roupas e artigos de limpeza.
Apesar da sua miserabilidade, 'Nhá Rita' sempre repartia seus ganhos com outros hansenianos acampados na Água dos Pires – lugar então retirado da cidade.
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6. Registro Paroquial de Terras para Botucatu
A Lei Imperial nº 601, de 18 de setembro de 1850, conhecida como Lei das Terras, regulamentada pelo Decreto 1.318 de 30 de janeiro de 1854, determinava que os detentores de títulos de posses de terras, por sesmaria ou compras, e os apossadores por posse mansa e pacífica, deveriam declarar suas terras para que o Estado as separasse das terras públicas; para tanto, deviam os abrangidos pela lei efetuarem os competentes registros junto à vigararia de cada Vila – município, designada para tais feitos.
Nestes considerandos, o sertão paulista entre os rios Tietê e Paranapanema, desde a Serra Botucatu ao Pardo/Turvo, teve como sede para os respectivos registros a Vila [Paróquia] de Botucatu, conforme a Lei entre 1854 e 1856, depois com permissões especiais – prorrogativas, pelo Aviso Circular de 22 de outubro de 1858.
Nestes considerandos, o sertão paulista entre os rios Tietê e Paranapanema, desde a Serra Botucatu ao Pardo/Turvo, teve como sede para os respectivos registros a Vila [Paróquia] de Botucatu, conforme a Lei entre 1854 e 1856, depois com permissões especiais – prorrogativas, pelo Aviso Circular de 22 de outubro de 1858.
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Livre acesso ao resumo, apresentado pelos autores, e aos manuscritos conforme Registro Paroquial de Terras para Botucatu, cujo original junto ao Arquivo do Estado de São Paulo.
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7. 'Mara Lucia – um crime sem prescrição', 2018
- Blog, acesso gratuito -
Aos 11 de novembro de 1970, uma criança de nove anos desapareceu da frente de sua casa, em Bauru, cidade do interior de São Paulo. Seu nome, Mara Lucia Vieira, filha de João Vieira e Leda Grossi Vieira, endereço Rua Engenheiro Saint Martin, nº 14-5, esquina com a Benjamin Constant.
Primeiro se pensou que a menina resolvera, na tarde da quarta-feira de 11 de novembro de 1970, por volta das 16,00 horas, avançar além das calçadas de sua casa, às ocultas da mãe, para brincar com coleguinhas nas adjacências, ou até mesmo mais distante a entreter-se, nalgum lugar, alheia às preocupações que sua ausência viesse causar.
Mara Lucia, entretanto, não mais regressaria ao lar, para ser encontrada, casualmente, quatro dias depois, morta e abandonada num banheiro externo do imóvel residencial desocupado, sito à Rua Professor José Ranieri, 8-61, a menos de seis quadras de onde vista pela última vez. Corpo nu já em putrefação, trazia marcas de violência física, morte por estrangulamento e agressão sexual após decorrido o óbito.
O crime gerou revolta e comoção em Bauru e repercutiu em todo o Brasil: familiares da vítima, amigos e toda a sociedade alarmados. O crime consistiu em sequestro – na época dizia-se rapto, agressão física, estupro e estrangulamento da vítima. Caso público e midiático, todos na expectativa em saber quando, e que fosse logo, a polícia identificaria e prenderia o criminoso.
Assim que deparado o cadáver de Mara Lucia, a polícia judiciária de Bauru deu início às investigações, certo ou errado, na forma de pré-inquérito que levasse ao autor ou autores do delito, com diligências sumárias determinadas de ofício pelas autoridades responsáveis, não coibidas aquelas sem registros protocolares, visando agilidade e melhor suporte para o inquérito formal.
No 'Caso Mara Lucia' tanto a polícia, pressionada pela sociedade, quanto a mídia, ávida por notícias e divulgações visando audiência, se apressaram resolver o crime que chocara o país, mas não se conseguiu chegar ao verdadeiro autor.
Primeiro se pensou que a menina resolvera, na tarde da quarta-feira de 11 de novembro de 1970, por volta das 16,00 horas, avançar além das calçadas de sua casa, às ocultas da mãe, para brincar com coleguinhas nas adjacências, ou até mesmo mais distante a entreter-se, nalgum lugar, alheia às preocupações que sua ausência viesse causar.
Mara Lucia, entretanto, não mais regressaria ao lar, para ser encontrada, casualmente, quatro dias depois, morta e abandonada num banheiro externo do imóvel residencial desocupado, sito à Rua Professor José Ranieri, 8-61, a menos de seis quadras de onde vista pela última vez. Corpo nu já em putrefação, trazia marcas de violência física, morte por estrangulamento e agressão sexual após decorrido o óbito.
O crime gerou revolta e comoção em Bauru e repercutiu em todo o Brasil: familiares da vítima, amigos e toda a sociedade alarmados. O crime consistiu em sequestro – na época dizia-se rapto, agressão física, estupro e estrangulamento da vítima. Caso público e midiático, todos na expectativa em saber quando, e que fosse logo, a polícia identificaria e prenderia o criminoso.
Assim que deparado o cadáver de Mara Lucia, a polícia judiciária de Bauru deu início às investigações, certo ou errado, na forma de pré-inquérito que levasse ao autor ou autores do delito, com diligências sumárias determinadas de ofício pelas autoridades responsáveis, não coibidas aquelas sem registros protocolares, visando agilidade e melhor suporte para o inquérito formal.
No 'Caso Mara Lucia' tanto a polícia, pressionada pela sociedade, quanto a mídia, ávida por notícias e divulgações visando audiência, se apressaram resolver o crime que chocara o país, mas não se conseguiu chegar ao verdadeiro autor.
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PÁGINA EM REPAROS
'Santa Cruz do Rio Pardo - Historiografia para o século XIX' - 2012
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De velho adágio, 'a história sem documentos é apenas estória', um amontoado de inverdades, quase sempre ao sabor das circunstâncias, para agrados de antigas famílias, influentes e poderosas.
Apenas em 2012, pesquisas dos autores SatoPrado trouxeram à luz o primeiro livro, histórico-documental, exclusivo para Santa Cruz do Rio Pardo e região.A verdade, quanto às origens e formação de Santa Cruz do Rio Pardo, não aceita mais insinuações nem oficialidade tramada, e nisto se chega à conclusão que a história santa-cruzense precisa ser reescrita, de maneira independente e, acima de tudo, honesta, com a distinção da verdade com o tão somente possível, afinal, a história não é o que se gostaria ou que de outra maneira tivesse acontecido.
O livro publicado e sua versão disponibilizada via internet tornaram-se referência para muitos trabalhos escolares, pelo ineditismo de tantos acontecimentos, até então desconhecidos. com apresentações de documentos e referências. Atualmente, obsoleto, é substituído por 'Santa Cruz do Rio Pardo: Memórias, documentos e referências', edição eletrônica, 2020.
Na estória da formação santa-cruzense não houve dizimação indígena, não teve escravização negra, e todos viviam harmoniosamente na localidade, sob a égide da cruz consagrada.
O livro publicado e sua versão disponibilizada via internet tornaram-se referência para muitos trabalhos escolares, pelo ineditismo de tantos acontecimentos, até então desconhecidos. com apresentações de documentos e referências. Atualmente, obsoleto, é substituído por 'Santa Cruz do Rio Pardo: Memórias, documentos e referências', edição eletrônica, 2020.
II - OUTROS TÍTULOS DOS AUTORES
7. 'Armando [Portezan] Vizetiv, um savant santa-cruzense', 2016
O semanário Debate, trouxe em sua edição de 30 de agosto de 2009:
—Morreu o inesquecível "superhomem"—
-LUTO Armando tinha problemas mentais, mas era adorado pelas crianças-
—Morreu o inesquecível "superhomem"—
-LUTO Armando tinha problemas mentais, mas era adorado pelas crianças-
"Como Armando Vezetiv ninguém o conhecia. Mas se alguém perguntasse pelo "super-homem" ou "tarzan", não havia ninguém que não o admirasse. Os apelidos lembravam personagens que ele gostava de imitar. O homem que há muitos anos alegrava crianças e adultos pelas ruas da cidade morreu no início da noite de terça-feira, 25, com o coração fraco. Ele foi enterrado seguinte."
"Vegetariano convicto e cheio de manias, Armando era um dos 7 irmãos da família Vezetiv. A irmã Elza conta que ele já tinha problemas mentais na infância, mas isto não o impediu de ler muito. De tanto "devorar" livros virou auto-didata e, inclusive, ajudava estudantes nos trabalhos escolares. Era, ainda, exímio desenhista. Notívago, ele passava as noites lendo e desenhando. Sabia também inglês. Frequentou durante muitos anos as oficinas do DEBATE e, inclusive, comentava notícias."
"Uma de suas manias era fugir de médicos. Donte há semanas, ele finalmente se rendeu aos apelos da família e foi internado na Santa Casa. Aos 68 anos, o coração fraco não resistiu. Armando morreu às 19 h de terça-feira. No enterro, uma criança colocou no caixão um bilhete e um desenho, como que agradecendo a alegria que o amigo dos baixinhos sempre proporcionou. "Foi a homenagem mais emocionante que ele recebeu", admite a irmã Elza."
"Vegetariano convicto e cheio de manias, Armando era um dos 7 irmãos da família Vezetiv. A irmã Elza conta que ele já tinha problemas mentais na infância, mas isto não o impediu de ler muito. De tanto "devorar" livros virou auto-didata e, inclusive, ajudava estudantes nos trabalhos escolares. Era, ainda, exímio desenhista. Notívago, ele passava as noites lendo e desenhando. Sabia também inglês. Frequentou durante muitos anos as oficinas do DEBATE e, inclusive, comentava notícias."
"Uma de suas manias era fugir de médicos. Donte há semanas, ele finalmente se rendeu aos apelos da família e foi internado na Santa Casa. Aos 68 anos, o coração fraco não resistiu. Armando morreu às 19 h de terça-feira. No enterro, uma criança colocou no caixão um bilhete e um desenho, como que agradecendo a alegria que o amigo dos baixinhos sempre proporcionou. "Foi a homenagem mais emocionante que ele recebeu", admite a irmã Elza."
6. Documentos interessantes para Santa Cruz do Rio Pardo
-expedientes eclesiais, cartoriais e de imprensa-
Acesso Restrito
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2. 'Além das fronteiras e mistérios do desconhecido', 2000
https://satopradomisteriosdesconhecidos.blogspot.com.br
–indisponível–
Dos grandes mistérios que, desde a antiguidade, interessam ao homem independentemente de sua crença ou o não crer, de classe social ou nível de intelectualidade, porque são verdades inerentes ao ser, essencialmente psíquico, obrigado a se relacionar com a natureza física e forças interativas.Exatamente nestes aspectos a religiosidade, ou mesmo o ateísmo, age como interação homem/natureza a satisfazer não apenas as necessidades básicas da sobrevivência, mas a própria razão da existencialidade, porque é pela natureza, integrada ao Cosmo, que o homem se faz presente e dominador no planeta.
-Advertências:
Assuntos abordados como magias, mancias, etc, são práticas condenáveis pela maioria das seitas cristãs, derivadas do cristianismo paulino, assim como condenam contraceptivos (camisinha, pílulas anticoncepcionais, DIU 'dispositivo intra uterino'), o sexo antes e fora do casamento, abortos, etc. Não leia as matérias inseridas, caso você tenha temores de atrapalho à sua religiosidade; pois, com certeza, atrapalharão sim a sua vida espiritual, com as novas possíveis descobertas.Por conseguinte, este trabalho não tem pretensões de ineditismo, e sim de apanhados acerca do além dos mistérios e fronteiras do incognoscível, e dele querer saber. Óbvio que para se chegar a esta apresentação diversos livros foram procurados, além das pesquisas e buscas de respostas aos temas propostos para melhor formar opiniões e, assim, ordenar assuntos dentro das desordens encontradas, a ponto da oportunidade deste ensaio e tópicos nele inseridos e postos estimuladores para o presente título.
1. 'Selhama – o fenômeno paranormal", 1999
–indisponível–
O espanhol Guido Lopez de Larosa estava bastante eufórico ao entrar no Cartório de Registro Civil, seguido de duas testemunhas:
– “Mi nieta nasció!”.
O escrevente lhe deu os parabéns, e uma série de perguntas como que a compartilhar da alegria do avô materno: como fora o parto, quando nasceu, se cesariana (já tinham essa novidade de cidade grande) ou normal, qual o sexo, quanto pesou, coisas assim que todos dali já sabiam em se tratando da neta do 'Espanhol', num horrível portunhol naquela velha mania de brasileiro adaptar-se ao estrangeiro por pensar em ajudar e fazer-se melhor entender, quando não puro exibicionismo de mostrar-se poliglota de plantão, antes de compenetrar-se no devido lançamento de registro.
– Qual nombre de su niêta? senior de Larosa.
– Mi nieta? Oh! si, se llama Isabel Martinez de Larosa Salles.
E a recém nascida teve em sua certidão de nascimento o pomposo nome Selhama Isabel Martinez de Larosa Salles, nascida em 1968, naquela mesma antes cidadezinha do Vale da Ribeira, em pleno vigor dos anos de chumbo no país; aliás, seu pai que antes trabalhara como Diretor na empresa de extração de calcário, encontrava-se ausente na ocasião, uns dizem que preso em razão de greve ocorrida dois anos antes e por ele pressupostamente liderada, outros que o Partidão (Partido Comunista Brasileiro) o escondera em algum lugar do Brasil - a esposa acompanhara-o até mais ou menos recente para voltar grávida, não faltando comentários de que Salles, como era conhecido, já se encontrava em Cuba, China, Albânia ou mesmo nalgum lugar da União Soviética, com o endurecimento do regime político brasileiro dos generais.
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Informações, referências e dúvidas, e-mail: pradocel@gmail.com.